Planejamento tributário é fundamental para reduzir perdas nos negócios na pandemia

Eduarda Prada Radtke, advogada tributarista
Eduarda Prada Radtke, advogada tributarista

Eduarda Prada Radtke, da Flávio Pinheiro Neto Advogados, destaca que empresas precisam avaliar a postergação de prazos bem como estar atentas a redução de impostos e evitar o acúmulo de tributos nos próximos meses

Com os efeitos da pandemia impactando os negócios, é cada vez maior a busca por novos prazos e redução de custos nas empresas. Não é diferente quando se fala em gestão tributária, especialmente com a publicação de medidas provisórias que visam dar às empresas mais prazos para o cumprimento de obrigações tributárias.

Para Eduarda Prada Radtke, advogada do setor tributário da Flávio Pinheiro Neto Advogados, a tomada de decisão assertiva neste momento é fundamental para a redução de perdas nas empresas. “No entanto, é preciso se criar um planejamento eficiente na gestão de tributos, a fim de evitar problemas em longo prazo. Muitos prazos foram estendidos e postergá-los pode ser uma opção de fortalecimento de caixa neste momento desafiador. Porém, a assessoria jurídica neste momento será primordial para não só adiar, mas também renegociar pagamentos, cortar excessos e atuar com mais eficiência fiscal, levando em consideração os efeitos em médio e longo prazo”, comenta.

Dentro do planejamento tributário, a advogada destaca que há algumas ações que devem ser verificadas, que vão desde a revisão do pagamento de tributos até o tipo de desconto que pode ser concedido. “Além disso, o apoio de especialistas vai ajudar as empresas a entenderem o momento atual e os impactos futuros ao negócio. Há, por exemplo, a possibilidade do resgate de tributos, o que é fundamental em um momento de recessão econômica. Também é necessário ter um planejamento para a retomada da economia e de que forma a eficiência fiscal será garantida também nesta situação”, diz.

No Brasil, a tributação ocorre dentro de algumas opções de regime, como Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional. Existem regras e percentuais específico sobre cada um deles e para se adequar a determinado modelo a empresa deve preencher requisitos específicos. “Neste momento, até mesmo a mudança no regime de tributação pode ser avaliada e o ideal é que se busque através da assessoria e da conciliação a resolução dos pagamentos, evitando medidas judiciais que podem levar ao desgaste. Um bom planejamento leva tudo isso em consideração”, finaliza Eduarda.